Voodoo, Voudun ou Vudu
Marie Leveau
O vodu é uma antiga religião originária de Benin na costa ocidental africana e é um importante elemento de coesão social em alguns países africanos como Togo e Gana.
Têm suas raízes na crença do povo Fon-Ewe e na atualidade conta com mais de quarenta milhões de seguidores sendo a crença majoritária em Benin e no Haiti.
É uma religião animista perfeitamente estruturada e complexa, que se baseia no culto aos antepassados, que muitas vezes são elevados à condição de divindades, e a natureza, combinando elementos do cristianismo como velas, batismo, orações e o sinal da cruz.
Possui um Deus principal, conhecido como Bondje ou Bon Dieu (Mawu na religião Fon e Ewe), espíritos voduns chamados de Loa e Iwa, sincretizados com os santos do catolicismo, os eguns, mortos ou ancestrais, um sistema divinatório regido por Fá, o vodun do destino e da adivinhação, semelhante ao Orixá iorubano feminino Ifá, popular no Brasil como a condutora do jogo de búzios.
Na África ocidental, as curas medicinais, os contra-feitiços, e previsões, são responsabilidades dos Inyangas, ou curandeiros, papel geralmente cumprido por mulheres, e correlacionado nas Américas as ialorixás, babalorixás (sacerdotes de Orixás) e aos babalaôs (sacerdotes do culto de Ifá) do Candomblé.
O termo vodu é uma transliteração do francês “vous tous” que significa “todos vocês”, mas em sua origem poderia também significar “espíritos” e derivaria do termo vodun do idioma Dahomey.
A tradição vodu dos fetiches e deuses, rituais e herbolários foi preservada em todas as comunidades de escravos nas Américas com vários nomes: Hoodoo nos Estados Unidos e sua variante de Nova Órleans o Voodoo, Vodun Jeje e Candomblé no Brasil, Santeria ou Regla de Ocha e La Regla Arara em Cuba, Porto Rico, Trinidad e São Domingos, Palería na Venezuela.
O surgimento de nações
africanas e o influxo de povos negros em muitos países do mundo
lançou mais luz sobre a versão obscura da feitiçaria.
O vudu ou
voudun, nome dado por alguns seguidores.
De nenhuma foram é tão
velho quanto a feitiçaria; o vudu desenvolveu-se primeiro no Haiti como uma religião entre os escravos negros ali levados por mar durante o século XVII
para trabalhar nas plantações de cana de açúcar.
Os escravos
trouxeram consigo seus deuses africanos da luz e das trevas, do bem
e do mal, e acrescentaram alguns elementos do catolicismo dos seus
senhores.
O resultado foi uma das mais estranhas “religiões” do
mundo, combinando a adoração de Jesus Cristo com a de várias
divindades pagãs (os Loas) numa cerimônia que inclui hinos
cristãos, sacrifícios de sangue e abstinência sexual.
Os cultos do vudu são
realizados conjuntamente por ( Houngans) (sacerdotes) e as
(Mambos) (sacerdotisas). Além de poderem curar, doenças,
também podem infligir feridas e própria morte.
Dizem que também
têm o poder de ressuscitar os mortos e fazê-los “viver”
novamente como Zumbis.
Em pesquisas em laboratórios franceses se descobriu uma droga utilizada pelos feiticeiros para produzir a catalepsia ou catatonia a Tetrodotoxina, retirada de um peixe em especial, da classe dos tetraodontiformes a qual pertence o peixe fugu japonês e o baiacu é de grande utilidade. Conhecida como droga dos zumbis, a Tetrodotoxina ou TTX é um dos venenos mais potentes conhecidos.
Essa neurotoxina, produzida por bactérias nas gônadas e outros tecidos viscerais dos peixes também é encontrada na pele de animais como salamandras, no sapo Atelopus da Costa Rica, em algumas espécies de polvo e no caranguejo xantídeo.
A pessoa envenenada fica em um estado semelhante à catalepsia, e consciente de tudo o que acontece ao seu redor.
A característica anestésica ímpar do veneno esta sendo estudada por laboratórios farmacêuticos americanos para um uso futuro na medicina e na exploração espacial aonde seria necessária a hibernação de astronautas em viagens prolongadas.
A toxina é habilmente manipulada pelos houngans que descobriram a fórmula mágica para a criação de mortos-vivos. Segundo especialistas, os zumbis são o produto da combinação de uma intensa pressão psicológica e de uma farmacopeia extravagante.
Geralmente a vítima do feitiço foi condenada socialmente, pode ser um doente mental ou alguém cujo comportamento não corresponde ao esperado.
A família, ou vizinhos mais chegados, coloca em seus alimentos doses de TTX e outros narcóticos prescritos pelo feiticeiro, que aumentam durante o “tratamento” até o dia de sua “morte”. Tempos depois a vitima “morre” e é sepultada normalmente com todas as honras.
De madrugada o Bokor vai ao cemitério e abre a sepultura obrigando a pessoa a ingerir o antídoto, uma pasta feita da planta psicoativa conhecida como “pepino dos zumbis”.
O novo “morto-vivo” acorda, mas em um transe semelhante à hipnose. Devido às sequelas causadas pela (hipóxia) falta de oxigenação cerebral e o estresse pós-traumático o individuo nunca mais será o mesmo.
Trabalhará e cumprirá ordens passivamente até morrer, e quando considerado incapaz ou tendo sofrido o suficiente é abandonado à própria sorte.
O problema no Haiti foi tão grave, que existe inclusive uma legislação específica para punir como tentativa de homicídio pessoas que utilizem substâncias para envenenar e reduzir alguém a um estado letárgico. Se após o letargo ocorrer um sepultamento o causador será acusado de homicídio doloso.
Os crentes do vudu levaram seus ritos e
influência a muitas nações, incluindo os estados Unidos onde foi ilegal, mas muito seguido no Sul e em ruas pequenas e guetos de negros do
Harlen e New Orleans.
No Oriente Médio, e em várias das novas
nações africanas e na Europa.
A cerimônia vudu
difere pouco apesar do ambiente.
Os sacerdotes realizam os ritos a
partir de um círculo mágico que cerca um altar.
Uma cobra
representando o Loa geralmente está presa nesse altar e o ritual
começa com o manbo sentando-se nessa caixa.
Utilizando-se também de
bonecos de pano, cera ou palha onde eram inseridos agulhas ou
alfinetes para infringir dor e destruição ao inimigo.
Também utilizam sacrifícios de certos animais, principalmente galos.
Marie Laveau
(1794 - 16 de junho de 1881) é reconhecida mundialmente como uma
Quintessência Voodoo. Queen de Nova Orleãs (Rainha do Vudu).
Era uma
mulher negra e livre. Iniciada por um lendário feiticeiro, o Dr. John, que lhe ensinou a preparar o feitiço gris-gris.
Marie em sua época foi considerada a mais poderosa "mambu" ou feiticeira da Louisiana, e até hoje seus adeptos acreditam em seu poder, e utilizam sua sepultura no cemitério Saint Louis, para a prática de cerimônias e depositário de oferendas mágicas.
Imagem verdadeira de Marie Laveou, que frequentava a alta sociedade sulista, e como boa católica, colaborava com as obras de caridade do pároco da catedral de Saint Louis, o padre Antoine, que inclusive, permitia a realização de cerimônias Voodoo no altar mor da catedral.
A prática das bonecas espetadas como magia analógica, é uma característica do Voodoo da Louisiana, e não tem suas origens no Vodu haitiano, mas sim no método mágico de correspondência analógica europeu, e tornou-se associada ao Vodu tradicional.
Marie Laveau se
diz ter nascido filha de um rico fazendeiro francês chamado Charles
Laveau, e uma mãe que pode ter sido uma escrava , e uma praticante
de vodu do Caribe.
Marie Laveau. Casou-se com Jacques Paris,
um negro livre, em 4 de agosto de 1819, sua certidão de casamento é
preservado na catedral de Saint Louis em Nova Orleãs.
Imagem acima da verdadeira (Marie Leveau aos 94 anos), realizando uma consulta sentada a porta de sua casa muito simples . Morreu idosa e pobre.
Ela tinha uma serpente chamada Zombi.
Ela tinha uma serpente chamada Zombi.
As tradições orais sugerem que a parte oculta de sua magia era uma mistura de crenças católicas e com os espíritos Africano.
Morreu aos noventa e quatro anos e seu tumulo é visitado
e homenageado até hoje!
Adaptações e complementos do texto de arquivosdoinsolito.blogspot
Adaptações e complementos do texto de arquivosdoinsolito.blogspot
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