Stregheria,Stregoneria ou Bruxaria Italiana são os nomes dados a Velha Religião ( Vecchia Religione) da região da Itália. Culto Pagão com origens nos velhos Mistérios Etruscos e Egeus. A Stregheria é uma Religião que é formada por diversos Clãs. (Tradições ou Familias), na maioria segue uma linhagem Hereditária e Oculta. O culto Streghe é diverso, mas segue principalmente os ensinamentos da Prima Streghe( Arádia ou Heródia).
A Deusa Diana e o Deus Cornifero Dianus Lucifero.



Total de visualizações de página

Bruxo Callegari - TV Espelho Mágico

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

DIANUS LUCIFERO



Dianus Lucifero

Dianus/Lucífero é o Antigo Deus das Bruxas Italianas. Irmão, filho e consorte da Deusa
Diana. É o Senhor da Luz e do Esplendor,o Deus solar Apolo.
Lucífero ou Lúcifer é o antigo nome do Deus Romano do Esplendor. Senhor da Estrela Matutina e Vespertina. Foi posteriormente associado ao Diabo Cristão na idade média.
Vale ressaltar que o Lúcifer (diabo) judaico-cristão, por seu morfismos de atuações pode ser considerado o deus Lucífero, sob uma ótica cristã.
Dianus Lucífero (Divino Portador da Luz) também é conhecido como Dis em seu aspecto de Deus da Morte e do Além Mundo e Lupercus em seu aspecto de Criança da Promessa, portador da esperança e da Luz.
Dianus Lucífero é dotado de três aspectos:
O Cornífero: Cernnunnos Senhor das Florestas Selvagens,caça, Deus da Fertilidade, Sexualidade,natureza,Vida e Morte.


O Encapuzado: Senhor dos Campos e das Plantações. Rei da Colheita e Senhor da Flora; Rex Nemorensis; semelhante ao Greenman dos celtas.
O Ancião: Senhor da Sabedoria e Guardião dos Santuários e do círculo sagrado.
O Culto da
Stregheria ao Deus Dianus Lucífero está intimamente ligado aos antigos Mistérios do Deus Etrusco Tagni, e aos Deuses Clássicos como , Baco, Dioniso e Apolo

Valdir Callegari

domingo, 25 de novembro de 2007

Os Elementais







Os Elementais, normalmente se apresentam àqueles que possuem uma maior sensibilidade para poder vê-los, na forma que imaginamos que eles sejam.Um exemplo disso é que as informações que temos sobre os Elementais da Terra - os Gnomos - é que são uns homenzinhos de mais ou menos 30cm de altura, possuem barbas compridas, etc...



 Por que se nos apresentam assim?
Porque eles vão ler a nossa mente, processar a imagem de produzimos à respeito deles, e assim eles irão se apresentar à nós.
Em cada região, os Elementais irão se apresentar de uma forma diferente, como por exemplo na Europa.
As mulheres tem a pele clara, cabelos loiros e olhos azuis, portanto as Ondinas que são os Elementais da Água, irão se apresentar dessa forma, bem diferente da nossa Iara, que também é uma Ondina, mas com aparência de uma Índia, assim como as pessoas do interior, vêem o Saci-Pererê, que na realidade é um Gnomo.

 Mas o mais importante não é a aparência deles, e sim sabermos preservá-los perto de nós.
 Podem ser criaturas docéís e maravilhosas, que podem nos ajudar muito, a todo momento, desde que sejamos possuidores de egrégoras boas. Admiram serem tratados com respeito e ganhar presentes, principalmnte frutas e nozes. Contudo elementais são perigosos para invoca-los é preciso ter muito dominio dos elementos. caso contrário eles se tornam violentoes e perversos, podendo prejudicar pessoas e assombrar casas com efeitos paranormais.






Valdir Callegari




O DEUS

O Deus A mais antiga imagem conhecida do Deus Cornífero é aquela do Deus com chifres de alce, o Senhor das Florestas. Com o passar do tempo, à medida que a humanidade se tornava sedentária, passando da fase coletora para o desenvolvimento de uma agricultura e a domesticação de animais, surgem às imagens do Deus com chifres de touro e de bode.Em todo caso, todas essas imagens o representam como o Deus portador da renovação e da virilidade.Na Grécia, Dionísio possuía todos esses atributos, era visto como o consorte de Ártemis, Deusa dos bosques e dos animais selvagens. Essas características silvestres permaneceram como atributos das divindades na Wicca.Com o surgimento da agricultura, o Deus torna-se associado às culturas agrícolas, e Dionísio, por exemplo, é representado segurando um tirso e um cálice, símbolos do falo e do útero.O Deus é também o Senhor das Colheitas, que se oferece em sacrifício para que a humanidade possa sobreviver. A origem dos ritos da comunhão é muito antiga, quando o povo consumia a natureza divina transformada em pão e vinho, unindo-se ao seu espírito.Esses ritos estavam intimamente ligados aos mistérios da transformação e reencarnação, e eram retratados nos ciclos do reino vegetal e no mito da Roda do Ano.O Deus é filho e amante da Deusa. Traz o equilíbrio das duas polaridades criadoras, e um não existe sem o outro. Na observação do tempo e das estações, encontramos a compreensão desse mito tão antigo.O Deus, fecunda a Deusa no festival de Beltaine. O Sol atinge seu ponto mais alto no Solstício de Verão, que marca o apogeu, dando início ao declínio divino. Mas a semente do Deus está viva no ventre da Deusa, do mesmo modo que as sementes crescem no seio da terra, o Outono traz as colheitas e o Sol perde a sua força.O amadurecimento traz o período da ceifa. O Deus, personificado no trigo, morre e renasce pão, como no mito o Pai envelhece e renasce no Filho. Em Samhain, o Deus morre, mas a semente esta viva no útero da Deusa. A Criança Divina nascerá da Mãe. No Solstício de Inverno crescerá e se tornará cada vez mais forte. Na primavera, ele está pleno de vida e começa a cortejar a Deusa, para no início do verão unir-se a ela e engravidá-la.Como vimos, o Deus nasce, cresce, envelhece e morre para renascer dele mesmo do ventre da Mãe. A Deusa é eterna, apenas se modifica e se transforma para cumprir os ciclos vitais.Ele também é conhecido por muitos nomes, mas Cernnunus é o nome pelo qual é cultuado na Wicca Gardneriana.

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Dois princípios básicos da bruxaria



Dois Princípios Básicos na Bruxaria
A Bruxaria, sendo caracterizada pela liberdade de pensamento, acaba por apresentar um amplo leque de linhas de pensamento e de vertentes de características bastante distintas, entretanto, alguns elementos em comum podem ser apresentados a fim de que se tenha melhor compreensão do significado da bruxaria. Encontramos dois princípios comuns, em especial, que ao mesmo tempo que ajudam a compreensão, afastam conceitos equivocados calcados em histórias infantis e preconceitos medievais à prática da bruxaria.
O Respeito ao Livre-Arbítrio - Nenhum verdadeiro bruxo buscará doutrinar aqueles que têm outro credo. Para os bruxos, a fé só é verdadeira se resulta de escolha individual e espontânea. Nenhum verdadeiro bruxo realizará qualquer tipo de magia no intuito de se beneficiar de algo que prejudicará outra pessoa. Para os bruxos, cada um tem seu próprio desafio a enfrentar. Usar de qualquer subterfúgio para escapar dos desafios que se apresentam é apenas adiar uma luta que terá de ter lugar nesta ou em outras vidas. Adiar problemas é o mesmo que acumulá-los para as próximas encarnações.
A Comunhão com a Natureza - O verdadeiro bruxo respeita a natureza, e por natureza ele entende absolutamente tudo o que não é feito pelo homem, inclusive os minerais। Quando preserva a natureza, suas preocupações não são a viabilidade da manutenção da vida humana na Terra, o verdadeiro bruxo respeita a natureza simplesmente porque se sente parte dela, porque a ama. Os bruxos não acham que a natureza está à sua disposição. Os homens, os minerais, os vegetais e toda a espécie de animal são apenas colegas de caminhada, nenhum mais ou menos importante que o outro. Ainda assim, matam insetos que lhes incomodam e arrancam mato que cresce nos canteiros de flores sem dramas de consciência. Não são falsos em suas crenças nem românticos idealistas. Acreditam que conflitos fazem parte da natureza.

Prática da magia



Prática da MagiaA prática da magia requer o aprendizado (pelo iniciado, pelo xamã, pelo sacerdote, etc.) de diversas técnicas de autocontrole mental, como a meditação e a visualização. Franz Bardon, proeminente mago do séc. XX, afirmava que tais exercícios tem como objetivo equilibrar os quatro elementos presentes na psique do mago, condição indispensável para que o praticante pudesse se envolver com energias mais sutis, como a evocação e a invocação de entidades, espíritos e elementais (seres da Natureza), dentro de seu círculo mágico de proteção. Outras práticas mágicas incluem rituais como o de iniciação, o de consagração das armas mágicas, a projeção astral, rituais festivos pagãos de celebração, manipulação de símbolos e outros com objetivos particulares .
Magia Comtemporânea e Teosofia
A magia contemporânea encontra raízes no trabalho de iniciados como
Eliphas Levi e Papus. A Teosofia, ou a moderna Teosofia, tem como um de seus fundadores Helena Petrovna Blavatsky, que foi buscar no oriente a fonte de seu importante sistema filosófico. Este sistema não se apresenta exatamente como os sistemas utilizados pelos estudiosos de magia, mas, antes, pretende transmitir o conhecimento esotérico universal que estaria contido em toda e qualquer tradição filosófica ou religiosa. Blavatsky considera, por exemplo, que todos os homens são magos no sentido último da palavra, pois todos podem utilizar o divino poder criador, seja através do pensamento, palavra ou ação.
A Bruxaria Tradicional e a Bruxaria Moderna
Há uma grande confusão, entre os leigos, acerca de
Bruxaria Tradicional e Bruxaria Moderna. A Bruxaria Tradicional tem suas raízes aprofundadas através do período pré-histórico, podendo ser considerada em parte irmã e em parte filha de antigas práticas e cultos xamânicos. Historicamente, tal e qual os xamãs, o papel social das bruxas tradicionais era basicamente dividido entre a prestação de auxílio à população na cura de problemas de saúde (problemas da carne, da psiquê e do espírito) e o contato com os espíritos dos mortos e dos deuses (encaminhamento de espíritos recém-desencarnados a seu destino, obtenção de favores da Deusa e/ou dos Deuses, previsões do futuro para facilitar a tomada de decisões tanto no nível pessoal quanto para a comunidade - neste último caso a leitura do futuro seria para os chefes).
A Bruxaria Moderna, por outro lado, embora se relacione firmemente com a Bruxaria Tradicional, surge historicamente com
Gerald Gardner, com a criação da Wicca no ano 1950 da Era Comum. Apesar de a Bruxaria Tradicional, ao longo de seus estimados mais de 20.000 anos de existência, ter vindo absorvendo elementos estranhos a suas raízes ancestrais, sendo uma religião viva e que evolui continuamente, seu eixo fundamental é bastante distinto do da Bruxaria Moderna, pois Gardner não apenas adotou novos elementos, mas tornou alguns destes em bases fundamentais da Wicca, amalgamando de forma indissolúvel o que teria aprendido como iniciado na Bruxaria Tradicional com conhecimentos adquiridos junto ao druidismo e conceitos de origem claramente oriental। Agrava-se a confusão entre bruxaria moderna e bruxaria tradicional ao ter se tornado recorrente o uso da expressão "wicca tradicional" para designar aqueles cuja linhagem iniciática remonta a Gerald Gardner.

Magia



Magia antigamente chamada de Grande Ciência Sagrada pelos Magos, é uma ciência oculta que estuda os segredos da natureza e a sua relação com o homem, criando assim um conjunto de teorias e práticas que visam ao desenvolvimento integral das faculdades internas espirituais e ocultas do Homem, até que este tenha o dominio total sobre si mesmo e sobre a natureza. A magia tem características ritualísticas e cerimoniais que visam entrar em contato com os aspectos ocultos do Universo e da Divindade. A etimologia da palavra Magia, provém da Lingua Persa, magus ou magi, significando tanto imagem quanto um homem sábio.

Origem e história
Há registros de práticas mágicas em diversas épocas e civilizações. Supõe-se que o caçador primitivo, entre outras motivações, desenhava a presa na parede da caverna antevendo o sucesso da caça. Adquiriu o ritual de enterrar os mortos. Nomeou as forças da natureza que (provisoriamente) desconhecia, dando origem à primeira tentativa de compreensão da realidade, o que chamamos de
mito.
Segundo o
Novo Testamento bíblico, por exemplo, são três Magos os primeiros a dar as boas vindas ao Messias recém-nascido.(Obs.: a Biblia nunca disse eram reis magos, somente diz que eram astrólogos que vinham do oriente, a tradição da igreja é que diz que eram reis magos, mas sem o apoio bíblico, que é a maior autoridade neste respeito) No Velho Testamento, há a disputa mágica entre Moisés e os Magos Egípcios. Nos Vedas, no Bhagavad Gita, no Alcorão, nos diversos textos sagrados existem relatos similares.
Praticamente todas as religiões preservaram suas atividades mágicas ritualísticas, que se confundem com a própria prática religiosa - a celebração da
Comunhão pelos católicos, a incorporação de entidades pelos médiuns espíritas, a prece diária do muçulmano voltado para Meca ou ainda o sigilo (símbolo) do caboclo riscado no chão pelo umbandista.
Os antigos acreditavam no poder dos homens e que através de magia eles poderiam comandar os deuses. Assim, os deuses são, na verdade, os poderes ocultos e latentes na natureza.




Trata-se assim de uma forma de encarar a vida sob um aspecto mais elevado e espiritual. Os magos, utilizando-se de atividades místicas e de auto conhecimento, buscam a sabedoria sagrada e a elevação de potencialidades do ser humano.
A magia seria também a ciência de simpatia e similaridade mútua, como a ciência da comunicação direta com as potências super naturais, um conhecimento prático dos mistérios ocultos na natureza, intimamente relacionada as disciplinas ditas ocultas, como o
hermetismo do antigo Egito, como a Alquimia, a Gnose, a Astrologia

Durante o período da Inquisição, os magos foram perseguidos, julgados e queimados vivos pela Igreja Católica, pois esta acreditava que a magia estava relacionada com o diabo e suas manifestações.
A magia, segundo seus adeptos, é muitas vezes descrita como uma ciência que estuda todos os aspectos latentes do ser humano e das manifestações da natureza.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

A Deusa



A Deusa
A mais antiga concepção de divindade do mundo é a Grande Mãe।Seus atributos são a fertilidade dos animais, do Homem e da Natureza.Ela é aquela que dá a vida e nos primórdios era cultuada nas cavernas, como símbolo do ventre e do útero. Ao mesmo tempo, a Deusa tem as suas faces sombrias, conhecidas como a Mãe Terrível, a destruidora, aquela que rege a morte.Tanto a Vida quanto a Morte são aspectos da Deusa, ela é nascimento, fim e renascimento, e esse mito está caracterizado no próprio ciclo do Deus de Chifres, seu filho e consorte. Assim, a Grande Deusa é a Senhora da Vida, Morte e Renascimento.Os celtas adotaram a Grande Mãe através de contatos com outros povos, como os gregos, etruscos e romanos. Sua associação com a Lua vem desse sincretismo, e as fases lunares passaram a ser vistas como as transformações do corpo da mulher durante a gravidez.Os antigos viam as fases da Lua como manifestações da Deusa: a Lua Crescente como a Donzela; a Lua Cheia como a Mãe preste a dar à luz; a Lua Minguante como a Anciã; a Lua Nova como a Encantadora, Tentadora.A Deusa representa também a própria vida e fertilidade da Terra, princípio básico de tudo, a geradora dos povos e a terra fértil que a tudo sustenta. Ela gera e toma de volta, e nessa ambigüidade, vista como luz e trevas, crescimento e diminuição, é conhecida como a geradora da vida e a portadora da morte.A antiga união entre os líderes caçadores e as sacerdotisas da Deusa, deu início ao que hoje conhecemos como a bruxaria centrada nas forças e poderes das polaridades, base da Wicca Gardneriana. Essa tradição foi preservada no Beltaine, a época da vitalidade e da união do Casal Divino, trazendo sua energia vital para a terra, ativando os princípios da fertilidade e da reprodução. O Maypole de Beltaine é um símbolo desse poder e a dança ao seu redor representa a força do Sol e o falo do Deus fecundando a terra.Nos últimos séculos, foi suprimida totalmente a adoração a Deusa pelo cristianismo, mas não obstante ela sobreviveu nas suas três formas originais na Wicca, nos contos de fadas e nas religiões pagãs.Ela é conhecida por muitos nomes como Diana, Afrodite, Athenas, Ártemis, Demeter, Isis, Hécate, Ceridween, mas Aradia é o nome mais importante e o qual hoje a Deusa na Wicca Gardneriana é cultuada. Aradia possui muita semelhança com a Deusa egípcia Isis e é para nós ainda hoje a redentora por nos ensinar as artes mágicas. Ela representa a meta de todo homem e mulher, pois temos que desenvolver em nós mesmos suas qualidades se quisermos nos transformar em pessoas criativas.


sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Como a Bruxa ganhou a vassoura?


Como a Bruxa (o) Ganhou a Vassoura A imagem tão familiar hoje em dia de uma bruxa estava atravessando os céus noturnos em uma vassoura fez sua primeira aparição pública numa ilustração do século XV, no manuscrito Le Champion des Dames (O Campeão das Damas), do escritor suíço Martin Le Franc. Porém, as conotações mágicas das vassouras são muito mais antigas do que este desenho. Há muito as vassouras têm sido associadas à magia feminina e a mulheres poderosas. A certa altura transformaram-se no equivalente feminino do cajado mágico usado por Moisés para abrir o mar Vermelho. Parteiras sagradas da antiga Roma varriam as soleiras das casas das parturientes, acreditando que assim espantariam os maus espíritos, afastando-os das mães e de seus bebês. Desde então, as vassouras foram revestidas de um poder simbólico para questões mundanas e grandiosas. Até bem recentemente, em certas regiões da Inglaterra, as mulheres deixavam suas vassouras do lado de fora ao ausentarem-se de casa. Alguns estudiosos supõem que a idéia por trás dessa prática era deixar um símbolo da dona-de-casa, para salvaguardar o lar. No país de Gales e entre os ciganos, a tradição determinava que, para selar os casamentos, os noivos deviam pular uma vassoura colocada na entrada da nova casa (Casais de feiticeiros modernos saltam sobre a vassoura como parte da cerimônia de casamento Wicca, chamado pacto) Como símbolo de um passado pagão, a vassoura despertou hostilidade particular entre os cristãos caçadores de bruxas। Mas, contrariando a crença popular, poucas das confissões forjadas durante os julgamentos das bruxas mencionavam vassouras. Uma exceção é o relato de Claudine Boban, uma garota quem em 1598 revelou que "ambas, sua mãe e ela, haviam montado em uma vassoura de gravetos e voado pela chaminé, atravessando os ares rumo ao sabá" Embora os acusadores costumassem enfiar idéias nas cabeças de suas vítimas, a imagem da vassoura voadora não era comumente adotada nos tribunais. Contudo, esse conceito permaneceu e é agora um ícone inseparável da bruxa.

Segundo a bruxa norte- americana Gerina Dunwich. Em Wicca:A feitiçaria Moderna (Editora Bertrand Brasil,1992
,diversas tradições integram a religiãoWiccaniana, entre elas a Gardneriana,Alexandrina,dinâmica,Tânica,Georgiana e Tradicionalista ética.Várias delas foram formadas e estabelecidas na década de 60, e ainda que seus costumes,rituais,ciclos ou simbolismos não sejam padronizados,todas compartilham, os princípios da arte wicca.
Em nosso país,tudo demonstra que wiccanianos são mais influenciados pelas tradições celtas,particularmente a que sobrevive na Irlanda,cuja magia está identificada com o druidismo.também existem grupos da Stregga (bruxa), a versão Italiana da bruxaria.Mesmo em nossos dias há dificuldades para alguns grupos wicca europeus reconhecerem a bruxaria brasileira,geralmente por relacioná-la com nossas praticas de origem africanas.
A bruxaria hoje é popular,faz parte do cotidiano।No matriarcado as mulheres exerciam a magia de modo muito informal, eram as curandeiras,as parteiras.Hoje a bruxaria esta sendo elevada e resgatada de maneira light,limpa e clara como uma filosofia de vida em comunhão com a natureza e a terra.

Pronunciando a Magia

Pronunciando Magia


A magia é a utilização das forças da Natureza para acarretar as mudanças necessárias.
Para atrair, intensificar e direcionar essas energias, o mago utiliza alguns instrumentos. Podem ser itens preciosos como adagas incrustadas com pedras preciosas e reluzentes incensários de prata, ou objetos naturais, como gravetos e pedras. Os instrumentos necessários aqui são os naturais. Pedras, árvores, rios, folhas e plantas formam o rol de instrumentos da magia natural, juntamente a alguns itens “comprados em lojas”, como espelhos, velas e linhas.A manipulação desses instrumentos, em conjunto com a necessidade premente, é normalmente o bastante para trabalhar a magia, pra que alguns poderes da Natureza se ativem e tragam as mudanças necessárias. A magia é enganosamente simples e incrivelmente fácil. Obviamente, enterrar uma pedra no solo, segurar uma folha ou desenhar uma figura num automóvel, por si só, não acarreta nada.

Somente quando tais gestos são executados num estado de carga emocional é que as mudanças são forjadas e a magia realmente acontece. Para que a magia efetivamente aconteça, três fatores deve estar presentes: a necessidade, a emoção e o conhecimentoA necessidade é simples. Você acorda numa manhã com uma terrível dor de cabeça da qual não consegue se livrar. Ou pode ser que precise de cem dólares até o final mês. Um amigo pode estar em busca de um novo amor. Em todos esses casos, há uma necessidade.A necessidade não deve ser confundida com o desejo. Os desejos costumam ser passageiros, o que desejamos esta manhã pode ser suplantado por outro desejo na manhã seguinte. Um desejo é um capricho; já uma necessidade é um estado importante, de sentimentos profundos, que nos consome.A emoção é também muito clara. Pode precisar de um emprego, por exemplo, mas se não estiver emocionalmente envolvido na busca desse emprego, preocupado, ansioso ou irritado, nem mesmo todos os encantamentos do mundo lhe trarão tal emprego.
Eis o porquê de, algumas vezes, ser infrutífero realizar encantamentos para outras pessoas, a não ser que você possa sentir a mesma necessidade que elas sentem – emocionalmente.O conhecimento constitui o corpo da sabedoria mágica.


Em outras palavras, um encantamento ou ritual, ou as teorias básicas por trás deles, que nos permitem criar nossos próprios conhecimentos.Um encantamento ou ritual é apenas um modo de fazer algo. Há muitos outros meios, e muitas variações possíveis para um encantamento. Com estes três fatores, qualquer coisa pode ser atingida, limitada apenas por nossa experiência e tempo. A primeira é a chave – somente ao realizar magia você saberá se funciona ou não.
A magia é algo semelhante a uma passarela desconhecida. De início, você pisará de leve, testando, checando se é segura.Depois, você caminhará sobre ela confiantemente, sabendo onde pisar e onde evitar.Muitas pessoas encaram a magia com desconfiança, prontas para crer, mas incapazes disto sem provas.É uma prática saudável. A crença é uma coisa, mas a certeza é outra bem diferente. Há a possibilidade de uma crença não ser fundada. A certeza, no entanto, é apenas aquilo – os frutos da experiência que nos permitem aceitar algo por inteiro.
A limitações – dúvidas e falsas crenças – são eliminadas apenas por meio da perseverança e do trabalho. Muitas pessoas sentem que vale o esforço, mas esta é uma escolha puramente pessoal.Magia deveria ser executada visando efeitos positivos, nunca negativos. A manipulação do poder para infligir doença, dor, morte; destruir, usurpar ou causar qualquer dano à propriedade de outra pessoa; ou para controlar outra pessoa é considerada magia negativa.Isso inclui forçar alguém a se apaixonar por você ou a fazer sexo com você; interromper um casamento ou um caso de amor; mudar a cabeça de outra pessoa – forçar alguém a fazer algo que não deseja.
A magia não é um campo aberto onde os egos e as necessidades egoístas podem ser satisfeitas com um capricho. Há riscos à espera daqueles que efetuam trabalhos negativos. Essa magia pode se concretizar, mas as duras conseqüências nunca compensam os efeitos.Há um princípio mágico segundo o qual o que você deposita em sua magia é exatamente o que vai receber. Se executar magia benéfica, você receberá de volta essas benesses. O mago negativo, entretanto, receberá apenas negatividade, e normalmente ela destruirá aquele que manipula.
À luz deste princípio, não há aparentemente razões para efetuar magia negativa (geralmente chamada de “magia negra”). Realmente, não há. Aqueles que ainda não se convenceram e que a executam receberão os frutos das ações.Obviamente, é o aspecto benéfico da magia que a torna, e ao seu usuário, divinos.A magia negativa sempre teve seus seguidores. São aqueles seduzidos pelo mal, cegos pelo poder temporário eu lhes é oferecido, impossibilitados de ver a luz até que seja tarde demais.
Scott Cunningham em Magia

Magia Natural


Magia Natural
A magia natural é direta e objetiva. Apesar de tudo o que possa ter ouvido, a magia não é algo sobrenatural, não natural ou mesmo alienígena. Ela está em nossos próprios quintais, em nossas casas; na própria essência de nossos seres. As forças da Natureza dão poderes à magia – e não aos demônios, “Satã” ou anjos caídos.Um dos maiores mistérios da magia é que não há mistérios. Pelo contrário, eles estão constantemente se revelando ao nosso redor. O estudo de um simples botão de rosa, de uma folha de grama ou do sopro do vento por meio das folhas de uma árvore revelará tanto quanto, senão mais, sobre a verdadeira natureza da magia do que uma centena de empoeirados tomos renascentistas.
A Natureza é o universo em si. Não apenas seus poderes, mas também suas manifestações. Algumas dessas manifestações, como os espelhos, são artificialmente produzidas, mas estão ligadas e conectadas aos poderes da Natureza por intermédio de seu simbolismo.Em nossa era cada vez mais automatizada, muitas pessoas se encontram isoladas do planeta que sustenta e mantém nossas próprias vidas. A verdadeira dependência que temos da Terra está esquecida. Muitos estão rompendo suas conexões com a Terra. Como resultado, este é um período de grande agitação, tanto nos planos individuais como no global.
A magia da Terra pode ajudar a descobrir, trabalhar e resolver muitas das pequenas crises e problemas que nos afligem atualmente enquanto indivíduos. Certamente não é uma solução simples para os problemas do mundo, mais pode trazer ordem a nossas vidas, e isso já é um bom começo.Segundo o pensamento da magia, o corpo humano é o “microcosmo” (pequena representação) da Terra, que seria o “macrocosmo”. A Terra é também o microcosmo do Universo. Em outras palavras, somos representações da essência do planeta e, por conseqüência, do Universo. Assim sendo, ao mudarmos a nós mesmos, mudamos a Terra e o Universo.
A magia é útil quando traz tais mudanças a nossas vidas e, dessa forma, à própria Terra. Tais mudanças devem ser positivas. Aqui não possui nenhuma magia maligna ou negativa, pois já há muita negatividade neste mundo.
O objetivo de toda magia, trilhas ocultas e religiões místicas é a perfeição do ser। Embora isto possa não ser obtido em uma vida, é perfeitamente possível que melhoremos a nós mesmos. Este ato singular já faz com que a Terra se torne muito mais saudável.Se praticar qualquer magia a seguir, seja ao desenhar um coração na areia, contemplar um espelho para antever o futuro, seja para atar um nó para auxiliar um amigo com problemas, tenha em mente os mais elevados aspectos de seus trabalhos. Você está melhorando o mundo e ajudando a curá-lo das terríveis mazelas que sofreu por nossas mãos.É isso que torna o praticante da magia natural verdadeiramente divino.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Oroboros


"Ele é a serpente sagrada que morde a própria cauda para renascer... o poder que queima para libertar e purificar... está nas matas e nas cidades, na terra e no céu, dentro de nós e à nossa volta। Ele está em toda parte". A Bruxaria é uma crença pagã com práticas mágicas que incluem a magia natural, invocatória e ritual. Um Bruxo(a) trabalha com as forças arquetípicas, manipulando as energias ocultas que encontram-se no subconsciente. As bases da Bruxaria encontram-se na invocação e manipulação das forças energéticas presentes no inconsciente coletivo, que devem ser trabalhadas por meio da intuição e emoção. As energias divinas com as quais trabalhamos são as forças arquetípicas da psiquê humana. Um Bruxo(a) conhece, canaliza e utiliza corretamente esta energia.

 O objetivo da Bruxaria são: o auto-conhecimento, a harmonia com os ritmos do Sol e das Estações, a compreensão dos poderes da natureza e a busca de um novo equilíbrio do homem com o seu meio. Bruxo(a)s são pessoas das mais variadas idades, posição social e raça que têm em comum uma Religião voltada ao reencontro de um caminho espiritual harmônico com aTerra e com as manifestações da natureza. Um Bruxo(a) aprende paulatinamente à escutar a voz de seu interior. Sempre em harmonia com os Cosmos, aprende à utilizar os poderes mágicos das ervas, pedras, da Lua, do Sol e dos Quatro Elementos da natureza, pois é através destes conhecimentos que ele se sintoniza com seus Deuses. Os Bruxo(a)s são universalmente caracterizados pelo amor incondicional e pela reverência à natureza em todas as suas manifestações. "Tudo é bendito, pois tudo procede dos Deuses". Os Bruxo(a)s não acreditam no dualismo de opostos absolutos do "bem contra o mal". A Bruxaria ensina que tudo que existe têm o seu próprio lugar e funções e que devemos nos empenhar em harmonizar todas as coisas."Tudo que fazemos para o bem ou para o mal retorna triplicado para a nossa vida e nesta encarnação".

Criação pela DEUSA


Solitária, majestosa, plena em si Mesma, a Deusa, Ela, cujo nome não pode ser dito, flutuava no abismo da escuridão, antes do início de todas as coisas. E quando Ela mirou o espelho curvo do espaço negro, Ela viu com a sua luz o seu reflexo radiante e apaixonou-se por ele.

 Ela induziu-o a se expandir devido ao seu poder e fez amor consigo mesma e chamou Ela de "Miria, a Magnifica. O seu êxtase irrompeu na única canção de tudo que é, foi ou será, e com a canção surgiu o movimento, ondas que jorravam para fora e se transformaram em todas as esferas e círculos dos mundos. A Deusa encheu-se de amor, que crescia, e deu à luz uma chuva de espíritos luminosos que ocuparam os mundos e tornaram-se todos os seres, mas naquele grande movimento, Miria foi levada embora, e enquanto Ela saía da Deusa, tornava-se mais masculina.


 Primeiro, Ela tornou-se o Deus Azul, o bondoso e risonho deus do amor. Então, transformou-se no Verde, coberto de vinhas, enraizado na terra, o espírito de todas as coisas que crescem. Por fim, tornou-se o Deus da Força, o Caçador, cujo rosto é o sol vermelho mas, no entanto, escuro como a morte.

 Mas o desejo sempre o devolve à Deusa, de modo que ele a Ela circula eternamente, buscando retornar em amor. Tudo começou em amor; tudo busca retornar em amor. O amor é a lei, mestre da sabedoria e o grande revelador dos mistérios. "A idéia dos Sioux sobre as criaturas vivas é a de que as árvores, o búfalo e os homens são espirais de energia temporária, padrões de turbulência... esse é um reconhecimento intuitivo e primitivo da energia como uma qualidade da matéria.

 Mas esse é um insight antigo, sabe-se extremamente antigo - provavelmente o insight de um Xamã paleolítico. Essa percepção encontra-se registrada de várias maneiras no saber primitivo e arcaico. Diria que esta é, provavelmente, o insight fundamental da natureza das coisas, e que a nossa visão ocidental, recente e mais comum, sobre o universo como sendo constituído de coisas fixas está fora da direção.

Onde se Situa o Mundo Espiritual?


Onde se Situa o Mundo Espiritual?
Essa é uma pergunta que sempre confundiu as pessoas, principalmente aqueles que procuraram, na compreensão de tal realidade, uma explicação que fosse científica e racional. Embora a ideia de um mundo espiritual não possa ser reduzida a um pensamento puramente científico, podemos tentar abordar o tema numa linguagem que, não sendo, poderá aproximar-se dessa visão científica. Ao longo dos séculos as pessoas tentaram conceber a ideia de um lugar puramente espiritual que seria a morada das almas, ou do espírito, que embora sejam coisas distintas, podemos tomá-las por iguais para não complicar a presente exposição. Para muitos esse lugar era o paraíso, um espaço partilhado por todos aqueles que tinham alcançado um determinado patamar. Mas esse era um lugar difícil de posicionar no nosso universo material, pois onde estaria esse espaço espiritual? Posicionar o mundo espiritual num lugar físico, seria destitui-lo de toda a sua natureza, no entanto, ele teria que estar em algum "lugar". Conceber esse lugar como uma realidade concreta, implicaria colocá-lo num "sítio" a-temporal e a-espacial. Só assim se poderia justificar a sua natureza onde tudo é uma só coisa. Mas onde estaria esse "lugar" a-temporal e a-espacial? Ao olharmos para a história do nosso universo seguindo os compêndios deixados pela compreensão que a ciência fez do mesmo, constatamos que realmente existiu esse lugar. É aquilo que chamamos de singularidade, ou seja, o momento anterior ao Big-Bang. Esse era um "lugar" a-temporal e a-espacial. Poderíamos, desse modo, tomá-lo como sendo a morada das almas: que outro lugar se não esse para justificar aquilo que contraria todas as leis conhecidas, como a existência de uma alma, que a própria singularidade onde nenhuma lei do universo físico funciona. Mas isso colocar-nos-ia um problema. É que esse momento deixou de existir após o Big-Bang, e o mundo espiritual é eterno. Para resolver este pequeno paradoxo, teríamos que ver o nosso universo como sendo um lugar quadrimensional. Não só as três dimensões do espaço, mas igualmente a dimensão do tempo. Assim, ao tomarmos o tempo como uma dimensão, este passaria a ser um todo e não uma parte. Num universo tridimensional o tempo apenas existe no momento que dele temos consciência, sendo o passado algo que deixou de existir e o futuro algo que ainda está por acontecer. No entanto, num universo quadrimensional, o tempo é por si só uma dimensão; passado, presente e futuro são em simultâneo um único momento. Ou seja, da mesma forma que quando eu me desloco no espaço o lugar que ficou para trás não deixa de existir, mesmo que eu já lá não esteja, quando eu me desloco no tempo num universo quadrimensional esse momento passado também não deixa de existir, continuando presente. Para uma melhor compreensão desta ideia, vou materializa-la num modelo. Imaginem, então, que o universo é uma esfera onde o tempo é a latitude e o espaço a longitude. Assim, o Polo Norte é o momento anterior ao Big-Bang, esse lugar a-temporal e a-espacial. Ao avançarmos na latitude que é o tempo, constatamos que o universo expande-se, atingindo o momento de expansão máxima no equador, começando depois a convergir sobre si mesmo até atingir o Polo Sul que é o momento posterior ao Big-Crunch. Ao olharmos para a esfera reparamos que esta já existe como um todo, pois trata-se de um modelo quadrimensional. Embora apenas estejamos conscientes num determinado ponto "geográfico" dessa esfera, o Polo Norte que para nós é passado e o Polo Sul que para nós é futuro, são em simultâneo um único momento dessa mesma esfera. Assim, esse momento a-temporal e a-espacial não deixou de existir com o Big-Bang, já que o tempo passou a ser uma dimensão, e desse modo, todo ele está presente com o espaço numa só unidade: a esfera. É claro que ao tomarmos a esfera como uma unidade espaço-temporal, esta deixa de ter princípio e fim. O Polo Norte, por exemplo, é apenas o princípio do universo para aqueles que se encontram na "superfície" da esfera, já que na realidade esse princípio não existe. Se, por exemplo, nos posicionarmos no Polo Norte e deslocarmo-nos até ao Polo Sul, constataremos que ao chegarmos ao Polo Sul o universo não termina, já que continuamos a viajem pelo meridiano contrário de volta ao Polo Norte. Assim, cada um dos pólos é em simultâneo o princípio e o fim do universo, anulando-se mutuamente. Temos, desse modo, um universo que começa e acaba unicamente aos olhos daqueles que estão na "superfície" da esfera, mas que é eterno aos olhos daqueles que o observam de fora, ou de dentro, sendo esse "dentro" a própria singularidade. Contudo, ao olharmos para a esfera podemo-nos interrogar sobre o que existe dentro desta. É que sendo o espaço unicamente a circunferência que contorna a esfera e não o círculo que iria preenchê-la, resta saber o que existe no seu interior. É aqui que entra a teoria dos universos paralelos. Ou seja, dentro da esfera, tal como aquelas bonecas Russas que têm dentro de si uma boneca mais pequena, existem outros universos. Partindo do princípio, apenas para simplificar, que o nosso universo encontra-se na crosta da esfera, este seria um universo de x escolhas, e o universo imediatamente interior seria um universo de x-1 escolhas. À medida que nos deslocássemos na direcção do centro da esfera, constataríamos que os universos tornar-se-iam menos complexos, mais simples e perfeitos. Ao chegarmos ao centro da esfera estaríamos num universo de zero escolhas, ou seja, a própria singularidade. Esse novo vector, aquele que vai desde a superfície da esfera até ao centro, seria aquilo que poderíamos considerar a quinta dimensão e que nos permitiria, tendo como base o próprio modelo, viajar pelo universo instantaneamente, pois fá-lo-iamos sem recorrer à longitude e à latitude (espaço-tempo), mas apenas ao novo vector. E sem o espaço e o tempo a condicionar os nossos "movimentos", tudo tornar-se-ia um só momento e um só lugar. Desse modo, se eu posicionar-me no Polo Norte que é a singularidade, e deslocar-me até ao centro da esfera passando pelos Pólos Norte dos outros universos, estaria a fazê-lo sem sair do mesmo lugar, já que continuaria na singularidade. Logo, esse momento a-temporal e a-espacial não existiria apenas no Polo Norte e no Polo Sul do nosso universo, mas em todo o eixo que iria desde o Polo Norte até ao Polo Sul, passando pelo centro da esfera. E seria esse eixo, a-temporal e a-espacial, que existe desde sempre e que sempre existirá, que serviria de morada às almas. Assim, respondendo directamente à pergunta: "Onde é que se situa o mundo espiritual?", eu diria que este situa-se no eixo do universo. Mas como "situar" implica a existência de espaço e de tempo, eu corrigiria, dizendo: O mundo espiritual É no eixo do universo.
Tendo chegado a esta conclusão, no contexto do modelo apresentado, outro tipo de considerações poderiam ser feitas sobre o mesmo। Se tomarmos o mundo espiritual como sendo o "lugar" onde reside a consciência de Deus, então Ser no eixo do universo é Ser em todo o universo, já que não existindo espaço-tempo a separar o eixo da superfície, mas apenas a quinta dimensão, residir nesse lugar teria como resultado estar em toda a parte, ou seja, ser omnipresente em relação à esfera। Outra consideração que se poderia fazer sobre o mesmo modelo, seria as dos buracos negros, que são vistos, também eles, como sendo singularidades, e que neste caso ligariam os universos ao próprio eixo, funcionando como um portal para o mundo espiritual.


O Poder dos Espelhos




O Poder dos Espelhos
Espelho, espelho meu, sai do espaço profundo e vem dizer se há no mundo mulher mais bela do que eu... (Fala da Madrasta no conto "A Branca de Neve").
Na cena clássica da ora citada, a madrasta, como sempre a pessoa má que substitui a mãe, figura que a Igreja deturpou na Idade Média, para evitar a aceitação do rompimento dos casamento dos casamentos mal realizados e os de conveniência tão comuns na época e hoje em dia, era uma feiticeira que pede conselhos ao espelho, o qual desempenha seu papel de consciência representante da sabedoria interior e intermediário entre o presente, o passado e o futuro, e conselheiro das soluções dos problemas. A madrasta é a representação das pessoas independentes, inteligentes, e alcançam seus objetivos, e o que não aceita as histórias falsas das criadas que vão se casar com príncipes, por isso a Igreja criou este estigma sobre as pessoas que trazem a razão da realidade sobre o povo que crê em dar pouco e receber muito, ou nada fazer e tudo receber. E nós buscamos esclarecer e restabelecer o Plano que os Mestres Druidas conhecem e servem, vemos que deturparam uma história e mostram uma falsa realidade e solução de problemas sociais com fadas madrinhas adulteradas que dão sapatinhos de cristal, que é uma analogia aos espelhos mágicos, para os príncipes encantados as reconheçam, mas não e o que a realidade mostra, pois espelhos mágicos foram quebrados e escondidos, os "príncipes encantados" estão pobres, as cinderelas abandonadas, e os espelhos estão calados, como por acaso, no espelho mágico da madrasta da Branca de Neve, que também foi calado.
O Espelho Mágico
A palavra espelho vem do latim SPECULUM, e deu nome à "especulação", que originalmente, significava observando as estrelas através do "espelho". E da palavra "estela" (SIDUS), vem consideração, que etmologicamente significa olhar o conjunto de estrelas. E essas duas palavras abstratas, que hoje representam operações intelectuais, nasceram do estudo dos astros refletidos no espelho. O que reflete o espelho? A verdade, a sinceridade, e o conteúdo do coração e da consciência.
No panteão indo-budista, o deus YAMA, senhor do reino dos mortos, que julga as almas através de seu espelho do Karma, pois não há como esconder nada do reflexo do espelho. Segundo as lendas contadas nos livros druidas, os espelhos mágicos são símbolos lunares e femininos, símbolo da realeza, e representa a união conjugal e o espelho partido a separação. Sendo o número oito sagrado para os druidas, usava-se um espelho octogonal nas casas para poder reconhecer e afastar o mal. Este tipo de espelho é intermediário entre o modelo redondo (celeste) e o quadrado (terrestre). O reflexo do homem não lhe é dado apenas pelo bronze polido ou água adormecida, segundo o Arquidruida SELGEN: -"o homem se utiliza do bronze como espelho. O homem se utiliza da antiguidade como espelho. O homem utiliza o próprio homem como espelho."



O uso do espelho para adivinhação remonta à PÉRSIA. E, PITÁGORAS, segundo a lenda, tinha um espelho mágico dado pelos druidas, que ele apresentava à face de uma determinada LUA, antes de ver nele o futuro, como faziam as druidas e as feiticeiras da TESSÁLIA, e seu emprego é o inverso da necromancia, simples evocação dos mortos, porque ele faz aparecer homens que ainda não existem ou que desempenham uma ação qualquer que, na verdade, só executarão mais tarde.
Nas "escolas druidas" haviam o espelho de grau, no qual o aprendiz via seu reflexo e nele mostrava a forma física, e só passava após o reflexo bem claro, este era o espelho de bronze, no grau dois, ao olhar via o reflexo de sua alma, e muitas vezes se assustavam com a essência de seu interior que refletia o horrendo, e trabalhava até que o reflexo da alma fosse claro, e este era o espelho de água. No grau três, o iniciado busca não ter reflexo no espelho, é o de cristal.
Para quem quer possuir seu espelho mágico, que é pessoal e intransferível, que é como sua senha bancária, ninguém pode saber e usar, a não ser seu professor, deve tomar os seguintes cuidados e dicas:
1 - Procure uma pessoa que conheça o assunto, pois você não estará revelando somente segredos físicos e astrais;
2 - Faça você o espelho com uma face virgem, e a moldura de sua escolha, terrestre, celeste, etc...
3 - Em quarto escuro sob a luz de uma vela na cor azul índigo, e seu reflexo deve ser o primeiro;
4 - Espelhos de previsão devem ser guardados envoltos no linho branco e em uma caixa negra;
5 - Estes procedimentos são práticas e requerem maiores detalhes, mas lembrem-se que a família imperial japonesa guarda o seu espelho sagrado em um santuário especial, o qual é vedada a presença de não membros da família real.
Estes ensinamentos e referências têm o propósito de orientar e esclarecer dúvidas daqueles que estão no Caminho e buscam maiores fontes para completar seus trabalhos iniciáticos.Poucos conhecem que o único reflexo, neste objeto de tamanha importância de auto conhecimento até agora despercebido, era o da personalidade e não da alma, e muito poucas pessoas estão prontas para verem o reflexo da alma...





Valdir Calegari

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Stregheria e Magia Vernacular na Itália: uma comparação






Stregheria e Magia Vernacular na Itália: uma comparação

De Sabina Magliocco
Tradução: Pietra di Chiaro Luna





Stregheria e Magia Vernacular na Itália: uma comparação
De Sabina Magliocco
Tradução: Pietra di Chiaro Luna


A distinção entre a Stregheria contemporânea e a magia tradicional italiana, práticas de cura e espirituais vem se tornando assunto de debates em um bom número de listas e websites. Neste pequeno ensaio, tentarei resumir algumas das minhas publicações acadêmicas sobre o assunto para uma platéia não escolástica, e também encorajar pesquisas, questionamentos e discussões mais profundas a esse respeito. Preciso ressaltar de início que minha linha é mais acadêmica: como antropóloga e folclorista, considero ambas Stregheria e a magia vernacular italiana como importantes facetas da cultura com seus direitos preservados. Minha intenção não é rejeitar a autenticidade de nenhuma delas, mas ajudar os leitores a entender ambas no contexto nos quais elas se desenvolveram, e como a primeira cresceu para que a segunda esteja no contexto da imigração ítalo-americana.

Stregheria é uma forma de bruxaria neo-pagã ítalo-americana। Ela deve suas origens à Aradia, ou o Evangelho das Bruxas (1889), uma coleção de feitiços, rimas e lendas que um folclorista amador chamado Charles G. Leland que dizia ter vindo de uma vidente florentina chamada Maddalena. De acordo com Leland, Maddalena pertencia a uma família de bruxas que praticavam uma forma de religião pagã centrada no culto da deusa lua Diana. Leland interpretou esses materiais que coletou de acordo com as teorias de folclore popular do fim do século XIX: como sobreviventes de antigas religiões pagãs, especialmente das romanas e etruscas, civilizações que dominaram a Itália central. Ele chamou a bruxaria de la vecchia religione (a velha religião). Já do início, o trabalho de Leland foi controverso. Alguns dos materiais que fazem parte desse trabalho – a conjuração com os limões e alfinetes, por exemplo – têm análogos no folclore italiano. Outras histórias parecem ser versões de rimas infantis italianas, reescritas para servirem aos intentos de Leland. E a personagem de Aradia parece ser baseada numa figura do folclore italiano medieval: a bíblica Herodias (Erodiade em italiano), era creditada por voar pelo ar à noite com uma procissão fantasmagórica. Mas esses pedaços de folclore não aparecem em outros locais no folclore italiano como parte de um texto. Se o Evangelho das Bruxas era um texto autêntico de uma tradição popular, uma outra versão teria sido coletada em algum ponto por algum historiador ou folclorista. Porém nenhum texto semelhante foi encontrado pelos etnologistas italianos. Por essa razão, o “Aradia” de Leland sempre foi entendido como uma farsa. Mais recentemente, o historiador Robert Mathiesen propôs uma nova explicação: que Aradia seja interpretada como um texto dialógico e intersubjetivo – um produto de uma interação próxima entre Leland e Maddalena, durante a qual Maddalena selecionou e reinterpretou pedaços do folclore que poderiam interessar ao seu abastado patrão. O resultado foi um documento que incorpora muitos elementos de folclore, mas amarrado de forma não usual, dando a eles uma interpretação única e atípica.


A despeito das controvérsias a seu respeito, o texto de Leland se tornou bem influente: ele igualitava magia popular a uma tradição antiga envolvendo a veneração de uma deusa e localizou tudo isso na Itália। Leland influenciou claramente Gerald Gardner, a quem são dados os créditos do desenvolvimento da Wicca em sua forma presente, e através de Gardner, toda uma geração de bruxas. Entre os primeiros a se assumir como praticantes de bruxaria italiana está Leo Louis Martello (1933-2001). Martello dizia ter sido iniciado por um membro de sua família ainda menino. Ele descreve uma tradição hereditária baseada no mito siciliano da deusa Proserpina (Perséfone). Juntamente com a sacerdotisa Lori Bruno, também uma praticante hereditária, ele fundou a Trinacian Rose of New York City, um dos primeiros covens ítalo-americanos da América do Norte.


Mas o real herdeiro de Leland é Raven Grimassi, o arquiteto da Stregheria. Como Martello e Bruno, Grimassi diz ter sido iniciado numa família de tradicional prática de magia a qual ele descreve como hereditária, doméstica e secreta. A mãe de Grimassi vem de uma região da Campânia, perto de Nápoles. Ela pertence a uma família na qual os membros praticavam certas tradições mágicas, incluindo a remoção do mal-olhado, o feitio de licores e poções mágicas e divinação. Como as outras tradições descritas por Martello, Bruno e um número de etnologistas italianos, ela consistia num conjunto de ensinamentos secretos, limitada a membros da família, passada apenas para aqueles que tinham algum tipo de interesse ou habilidade mágica inatos. Mas não é sobre essa tradição que Grimassi escreve em seus livros Ways of the Strega (1995), Hereditary Witchcraft (1999) e Italian Witchcraft (2000). Ao invés disso, ele apresenta uma elaboração do que Leland descreveu: uma religião parecida com a Wicca em estrutura e prática, com um sabor italiano adicionado com nomes de deidades, espíritos e sabás. De acordo com Grimassi, as bruxas italianas se dividem em três clãs: a Fanarra, no norte da Itália e a Janarra e Tanarra na Itália central. Nenhuma menção é feita ao sul da Itália, a despeito do fato de que a maioria dos imigrantes italianos da América do Norte, incluindo a mãe de Grimassi, tenham como origem aquele local. Cada tradição é dirigida por um líder conhecido como Grimas. Como o nome dos clãs de streghe, a palavra grimas não aparece na língua italiana ou qualquer um de seus dialetos. As streghe ítalo-americanas fazem suas práticas em círculos chamados boschetti (groves, bosques) liderados por uma sacerdotisa e um sacerdote. Eles se encontram nas luas cheia e nova e observam a comemoração de oito sabás. Eles veneram uma deusa lunar e um deus de chifres, baseados nas deidades etruscas Uni e Tagni, também conhecidos como Tana e Tanus, Jana e Janus, Fana e Fanus. Espíritos ancestrais conhecidos como Lasa olham pela família e outros espíritos como Fauni, Silvani, Folletti e Linchetti têm papéis importantes na Stregheria. Os guardiões das quatro direções são chamados Grigori. Enquanto os livros de Grimassi foram muito influentes nos EUA, covens individuais que não descendem dessa forma de prática podem não seguir ou não praticar de acordo com os ensinamentos de Grimassi. Como em toda a Arte neo-pagã, existe uma grande variação e adaptação entre grupos e indivíduos. A linha comum que costura todos os covens da Stregheria parece ser os esforços para dar a sua prática um gosto italiano, tanto pelo tipo de deidades veneradas, para as comidas servidas em rituais, ou a adaptação de práticas italianas e ítalo-americanas num contexto pagão.
Bruxaria Hereditária, no Brasil, publicado pela editora Gaia.

Origens da Bruxaria

Falar em origem da bruxaria é o mesmo que retornar aos primórdios da Humanidade, quando os seres humanos começaram a despertar sua percepção para os mistérios da vida e da natureza। segundo os estudiosos da pré-história, a primeira demonstração de arte devocional foram as MADONAS NEGRAS, encontradas em cavernas do período Neolítico. Portanto, as Deusas da Fertilidade foram os primeiros objetos de adoração dos povos primitivos. Da mesma forma que nossos antepassados se maravilharam ao ver a mulher dando a Luz a uma criança, todo o Universo deveria ter sido criado por uma GRANDE MÃE. Entre os povos que dependiam da caça, surgiu o culto ao Deus dos Animais e da Fertilidade, também conhecido como Deus de Chifres ou Cornífero. Os chifres sempre representaram a fertilidade, coragem e todos os atributos positivos da energia masculina, representando também a ligação com as energias cósmicas. Hoje a figura do Deus Cornífero é bastante problemática, pois, com o advento do Cristianismo, ele foi usado para personificar a figura do Diabo, entidade criada pelas religiões judaico-cristãs. Ele não é reconhecido e muito menos cultuado pelas Bruxas. O Diabo é venerado apenas pelo Satanismo, que é um culto Anti-Cristão. Como a nossa religião já existia muitos milhares de anos antes do Cristianismo, não temos nada a ver com o Diabo e os Satanistas.Quando os Celtas invadiram a Europa, quase mil anos antes de Cristo, trouxeram suas próprias crenças, que, ao se misturarem às crenças da população local, originaram o sistema que deu nascimento à Wicca. Com a rápida expansão desse povo, ela foi levada para regiões onde se encontram Portugal, Espanha e Turquia. Embora a Wicca tenha se firmado entre os Celtas, é importante lembrar que a bruxaria é anterior a eles! Mas como esse povo foi o mantedor da tradição, é importante que conheçamos, pelo menos, o rudimento de seu pensamento e cultura. O Panteão Celta, ou seja, o conjunto de Deuses e Deusas dessa cultura é hoje o mais utilizado nos rituais da Wicca, embora possamos trabalhar com qualquer Panteão, desde que conheçamos o simbolismo correto, e não misturemos os Panteões num mesmo ritual. A sociedade Celta era Matrifocal, isto é, o nome e os bens da família eram passados de mãe para filha. Homens e mulheres tenham os mesmo direitos, sendo a mulher respeitada como Sacerdotisa, mãe, esposa e guerreira, participando das lutas ao lado dos homens. O culto da Grande Mãe e do Deus Cornífero predominaram nas regiões da Europa dominadas pelos Celtas, até a chegada dos romanos, que praticamente dizimaram as tribos Celtas, que nessa época já estavam sendo dominadas pelos Druidas, que representavam uma introdução ao patriarcalismo. Porém, em muitos lugares, a religião da Grande Mãe continuou a ser praticada, pois havia certa tolerância por parte dos romanos, chegando certos ramos da Wicca a incorporar elementos do Panteão greco-romano, especialmente na Bruxaria Italiana. Foi somente na Idade Média que a Bruxaria foi relegada às sombras com o domínio da Igreja Católica e a criação da Inquisição, cujo objetivo era eliminar de vez as antigas crenças, que eram uma ameaça a um clero muito mais preocupado em acumular bens e riquezas do que a propagar a verdadeira mensagem de Jesus. Se fôssemos descrever essa época infame, em que milhões de pessoas, em sua maioria mulheres, foram perseguidas, torturadas e assassinadas pela Inquisição, com certeza, escreveríamos um livro com milhares de páginas, mas este não é o nosso objetivo. Muitas das vítimas da Inquisição não eram Bruxas, e sim, pessoas com problemas de saúde, doenças mentais, deficiências físicas ou somente o alvo da suspeita e inveja do povo. Também era comum se acusar pessoas para tomar seus bens, pois esses eram divididos entre os inquisidores.


Durante o tempo das fogueiras, o medo fez com que muitas de nós permanecêssemos no anonimato para resguardarmos nossa vidas e nossa famílias. Muitos dos conhecimentos passaram a ser transmitidos oralmente, por medida de segurança, e, assim, muito se perdeu. Por isso, não é correto dizer que a Wicca de hoje é a mesma de séculos atrás. No presente, um grupo de pessoas abnegadas e corajosas está redescobrindo e recriando a Nova Bruxaria ou Neo Paganismo, como também é conhecido.


Eu recomendo que se leia alguns livros dado na bibliografia, para um conhecimento mais profundo da história, e que se pesquise outras formas da bruxaria além da Wicca, pois todas essa formas são derivadas do Xamanismo Primitivo, e só poderão enriquecer o nosso trabalho.



quarta-feira, 29 de agosto de 2007



A Origem dos "Streghe" (Bruxos).


"Streghe" (Bruxas na tradição italiana) da Antiga Religião das Bruxas ou "Vecchia Religione" os maiores ocultista que já existiram foram os "etruscos". A Etrúria foi berço para a civilização Romana.
Os etruscos foram incríveis "Streghe"dominavam a magia e suas artes como poucos povos conseguiram. O simbolo da Etrúria era a uma "Loba ", por iso a imagem de "Rômulo e Rêmo" que mamavam na loba. Demonstrando simbolizar que os pais da futura Roma, vinham da descendencia do povo etrusco. As bases para bruxaria na Itália foram firmadas a partir das gerações seguintes.
 A Etrúria que ficava banhada pelo mar Egeu, outra fonte de mistérios e vida.


  Os etruscos surgiram 1000a.C. mesclaram as influências micênicas.
Os etruscos foram os herdeiros dos mistérios do culto neolítico da Grande Deusa na antiga Europa. Mais tarde, esses mistérios seriam as bases de muitas práticas e credos da Bruxaria européia.
De modo geral,com o advento dos estruscos começou a história italiana como a conhecemos.


O imperador romano Cláudio I escreveu em grego vinte livros sobre a história etrusca sua primeira esposa, Plautina Urgulanila, tinha sangue etrusco e antigas conexões familiares que eram muito fortes; assim,ela colocou Cláudio em contato com autênticas tradições etruscas.
Em sua política religiosa, Cláudio respeitava a antiga tradição e fez reviver as velhas cerimônias religiosas de Roma, que estavam em declínio.
Durante seu reinado, Cláudio estabeleceu leis que protegiam os " haruspices" (adivinhadores) e convenceu o Senado romano a criar uma bíblioteca para guardar vários escritos da antiga religião etrusca.
 Também preservados nessa bíblioteca estavam os escritos místicos etruscos conhecidos como livros síblilinos - Os três lendários livros de profecia vendidos ao rei etrusco Tarquínio pela mistica bruxa "Sibila de Cumae". Os livros sibílinos eram consultados pelo Senado de Roma em todos os assuntos de grande importância; o imperador Augusto, em 18a.C., possuía até uma cópia adicional deles como proteção,caso fossem perdidos.

 Sob reinado do Imperador Honório (395-423d.C.), o Magister Militum (Stilicho) mandou queimar esses livros, dizendo que eram textos heréticos ofensivos ao Cristianaismo, junto com toda a bíblioteca de textos etruscos sobre a religião,mágica e advinhação.Os vinte livros escritos por Cláudio também foram destruídos. Os historiadores antigos afirmam que os etruscos eram os mais famosos ocultistas que o mundo já conheceu e, agora todo seu saber foi perdido para sempre no fogo da igreja cristã primitiva.
Quando se da conta que os etruscos foram os herdeiros diretos do culto neolítico da Grande Deusa, a perda é uma tragédia absurda.

Valdir Callegari