Stregheria,Stregoneria ou Bruxaria Italiana são os nomes dados a Velha Religião ( Vecchia Religione) da região da Itália. Culto Pagão com origens nos velhos Mistérios Etruscos e Egeus. A Stregheria é uma Religião que é formada por diversos Clãs. (Tradições ou Familias), na maioria segue uma linhagem Hereditária e Oculta. O culto Streghe é diverso, mas segue principalmente os ensinamentos da Prima Streghe( Arádia ou Heródia).
A Deusa Diana e o Deus Cornifero Dianus Lucifero.



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Bruxo Callegari - TV Espelho Mágico

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

O que são os oráculos e qual a sua função?

                                            
                                            O que são os oráculos e qual a sua função?

As práticas oraculares são antiquíssimas estão enraizadas nos primórdios da criação humana.
Muitas vezes eram chamadas de divinações porque acredita-se que vinham diretamente da consulta com os seres divinos.
Sempre existiram em diversas formas, as praticas oraculares mais antigas são as xamânicas, onde os animais e os sonhos eram símbolos principais dos oráculos.
Muitos métodos usados na antiguidade não eram, muito agradáveis. Os romanos, etruscos e druidas utilizavam a “Palentomancia” adivinhação por vísceras humanas e de animais, o figado era um órgão muito utilizado por esses oraculistas, porque se acredita que no fígado ficam registrados todas as tramas energéticas do mundo astral. Outra forma de oráculo eram as pessoas que possuíam o dom da adivinhação ou da profecia, ”profetismo” pessoas capazes de vislumbrar através dos véus do tempo e espaço, podendo predizer passado, presente e futuro. A palavra profecia é de origem grega formada por “pro e pheni” ( dizer de antemão). As pitonisas do grande oráculo de Delphos na Grécia, que era o maior e mais famoso Templo de oráculo do mundo antigo.

 Eram criadas desde pequenas, separadas de seus familiares e instruídas nos caminhos misticos das práticas oraculares. Entre as pitonisas uma em especial era escolhida para ser a Grande Pythia, a maior das oraculistas, que se assentava sobre uma cadeira em forma de tripé sobre fendas que haviam nas rochas do chão do templo, onde vapores vulcânicos ricos em substâncias alucinógenas, despertavam e alteravam o estado de consciência da Pythia era a “pharmacomancia”. Que por meios de visões e frases curtas, revelava as respostas dos deuses para as questões humanas.

 Apesar de hoje os seguidores evangélicos serem contra as práticas de oráculos e adivinhações, alegando serem estas práticas diabólicas ou demoníacas e proibidas por Deus .
Observamos que nos textos Bíblicos existem vários relatos de práticas  oraculares.
José do Egito praticava a oniromância (adivinhação dos sonhos). 

Nos tabernáculos de Moisés, o Sumo Sacerdote Maior utilizava-se duas pedras que se chamavam o Urim e o Tumim, meio pelo qual “Yehowah” era consultado , parece que a pergunta era formulada de tal modo que se pudesse responder com um “sim” ou um “não”, ou pelo menos com uma resposta muito breve e direta. 



Os profetas eram homens e mulheres que principalmente por sonhos e visões revelavam a vontade divina. 

Eles chamavam essas práticas de “lançar sorte”. Havia várias maneiras de se lançar sorte, porém, a mais utilizada era a que empregava flechas de cores diferentes. 
A Bíblia relata vários casos em que Deus se valia desse método para fazer prevalecer sua vontade.
O profeta Jonas, onde fugindo de ordens divinas se oculta em um navio no mar onde o navio quase afundava em uma violenta tempestade. E diziam cada um ao seu companheiro: Vinde, e lancemos sortes, para que saibamos por que causa nos sobreveio este mal. E “lançaram sortes”, e a sorte caiu sobre Jonas” (1.7). 

No Novo Testamento, no livro de Atos, esta prática também é citada, quando os apóstolos utilizaram o método para escolher o substituto de Judas Iscariotes.“E, lançando-lhes sortes, caiu a sorte sobre Matias. E por voto comum foi contado com os onze apóstolos” (1.26).



O próprio Deus Judaico e os cristão utilizavam desses processos de adivinhação e sorte, que são consultas ao oraculo.  Os três reis quer realizaram a  previsão o nascimento do "messias" eram magos e astrólogos e videntes, e consultavam os oráculos pelas leituras astrológicas.

Não entendemos então porque são práticas hoje, tão perseguidas por esses religiosos?
Outra pratica de leituras de oráculos eram os símbolos rúnicos que são letras angulares do antigo sistema de escrita das tribos germânicas. Elas foram introduzidas na Grã- Bretanha pelos invasores anglo-saxônicos no século V da era comum. Existem em várias culturas pelo mundo com desenhos diferentes. No principio não eram pedrinhas perfeitas como as de hoje, com os símbolos desenhados em perfeição. Eram feitas na maioria de ossos do tornozelo de carneiros com símbolos marcados com laminas. 
Tácito (historiador romano) referiu que antigas tribos nórdicas usavam bastões ou varetas cortadas para lançar sortes, que possuiam símbolos gravados neles e eram feitos de árvores frutíferas, principalmente da aveleira, mas também utilizavam o freixo e a sorveira-brava, associadas há muito tempo com a magia. 


Não podemos deixar de lado a referências aos oráculos  mais utilizados ainda hoje, como; o I Ching a astrologia e o tarô. Acredita-se que o tarô surgi no Egito ,existia na Índia e na Pérsia e apareceu no norte da Itália nos séculos XV e XVI . As mais antigas lâminas de tarô fazem parte de três jogos do século XV, encomendados artesanalmente para a família dos Visconti . O tarô mais conhecido foi o criado na cidade francesa de Marselha, se tronando o famoso e tradicional “Tarô de Marselha”. 
Logo após a revolução francesa o ocultista Alliette, praticou vidência e cartomancia (adivinhação através das cartas) .Ele modificou os desenhos do tarô o tornando mais amplo em significados, unindo simbologias astrológicas e egípcias alterando o de Marselha.




A famosa madame “Le Normand” utilizava o tarô cigano e era cartomante particular da Imperatriz Josefina, esposa de Napoleão Bonaparte. O povo Gypsy ou Cigano eram nômades e foram precursores do uso das cartas de forma oracular, e em grande parte responsáveis pela divulgação da cartomancia na Europa. 
Hoje convivemos com a existência de múltiplos oráculos que foram resgatados do passado.
Uma grande controvérsia e polemica nos dias de hoje para a maioria dos praticantes oraculistas, é sobre a cobrança do seu trabalho na leitura oracular. Muita gente acha que é só “dar um olhadinha nas cartas” ou outras formas de oraculo. 

Essa famosa frase que nós oráculistas cansamos de ouvir de (amigos) é uma grande causa de infortúnios para nós. Por que? Quando você abre um oráculo seja ele qual for, você abre um portal, “tempo e espaço”. 
O que o conecta com a sua energia oracular, seja ela guiada por seu dom ou por seus guias oraculares, ou as próprias divindades que regem os oráculos. Sim! Porque aos oráculos são energias divinas, que precisam ser respeitadas. Existe o mal hábito de algumas pessoas ao consultarem os oráculos, onde eles tem a impressão particular , que estão fazendo perguntas a uma roleta de programas de auditórios televisivos.
Vamos lá mais uma rodada! 



Ou que o oráculo esta a disposição particular de alguém, para perguntar até...O que você deve preparar para o jantar de amanhã? O oráculo é um conselheiro divino para orientar decisões e tirar dúvidas que o consulente possa ter, mas lembremos que estamos nos apresentando diante do portal de divindades que estão sendo consultadas, através dos arquétipos universais do “tarô” como exemplo.
Outra surra que os oraculistas tomam ! Eu mesmo já tomei várias! É de se esquecer que a pessoa que chega para você abrir uma leitura oracular  não chega muitas vezes sozinha. Ela vem geralmente acompanhada de diversas “larvas astrais”, eguns, carregos e cia Ltda.  E que depois ficam na sua casa ou no seu local de leitura, para você ter que despachar ou limpar. E algumas delas não são nada fáceis de “convida-las” a sair e voltarem ao seu devido lugar. Como se proteger dessa situação? Através da troca do pagamento do oráculo.
Dinheiro é energia! O oraculista desgasta muita energia para interpretar o oráculo e para se defender do astral negativo, que possa vir com o consulente, e quase sempre “infelizmente” vem em negatividade astral. 

Todos os oráculos e oraculistas de todas as eras, eram pagos e de varias formas. As vezes com troca de produtos ou de favores, mas eram de alguma forma todos pagos. 



A A energia do pagamento ao oráculo é um agradecimento e forma de valorizar e respeitar tanto o “trabalho do oraculista”, como a agradecer pela presença do oráculo. 
As divindades precisam de dinheiro? 

Não, elas não precisam, mas precisam da energia da troca. Para atender os oráculos temos de cuidar do nosso ambiente de trabalho das nossas divindades e da nossa espiritualidade. E isso não sai de graça meu povo! Pagamos oferendas, cursos, frequentamos escolas, participamos de rituais e também pagamos aos nossos cuidadores da terra. Sem mencionar que ser oraculista é um trabalho , não uma filantropia ou caridade.



Em um momento de necessidade creio que ninguém negaria um atendimento a uma pessoa em situação muito difícil, mas contanto que quando ela melhorar de situação ela retorne, agradeça e pague pelos seus serviços. 
Alguns de bom caráter retornam e lhe pagam. Outros se fingem de mortos, mas o ditado é velho... 
“dor de barriga não dá uma vez na vida”, e pode esperar que o universo lhe dará o troco.
Os oráculos são formas maravilhosas e divinas de orientar o homem e foram por diversas vezes documentados na história da humanidade, como libertadores de catástrofes humanas e instrumentos de livre arbitre. Onde foram utilizados para alertar e instruir a humanidade por ordens divinas, para que tomem rumos certos e corrijam situações erradas ou como alertas da ira divina sobre os descuidos da humanidade.




Alguns tipos de oráculos:

Tarô ( por cartas)
Cafeomancia ( pela borra de café)
Runas (pelo alfabeto das tribos germânicas)
Quiromancia ( por linhas da mão)
Numerologia ( por números)
astrologia ( por astros)
Oniromancia (por sonhos)
Scrying ( pelo fogo)
Teimância (pelo chá)
Captomancia (pelo olhar)
Ciomancia (pelas formas das sombras)
Cronionmância (pela cebola)
Ceromancia (é a leitura por meio da chama e da cera da vela.) 
Felidomancia ( pelo comportamento dos gatos)
Cristalomancia ( pelos cristais)
Geomancia ( por pedras)
Palentomancia ( por vísceras)
I Ching (por livro sagrado )

Búzios (por conchas)


Autor: Callegari