Seus nomes eram Brunhilde (malha de aço), Geirahod (flecha), Göll (grito de batalha), Gunnr (luta), Göndul (bastão mágico), Herfjötur (algemas), Hildr (batalha), Hlökk (tumulto), Hrist (terremoto), kara (voragem), Mist (névoa), Randgridr (escudo), Reginleif (herança dinina), Svana (golpe), Rota (turbilhão), skeggjöld (machado de combate), Sigdrifa (raio de vitória), Sigrun (vitória), Radgridr (conselho de paz) e Thrundr (poder). Outras fontes mencionam também Alvtr, Geirabol, Goll, Hladgudr, Herja, Judur, Ölrun, Prudr, Reginleif e Svipul. As líderes eram Gundr, Rota e a Norne Skuld (”a que está sendo”); o grupo podia ser composto de nove, treze ou vinte e sete Valquírias. Às vezes, as Valquírias podiam aparecer metamorfoseadas em cisnes ou corvos. Consideradas as filhas de Odin com Erda (ou Jord), elas era subordinadas à Freya e às Nornes, assemelhadas à Fylgja e às Disir e atuavam como entidades protetoras. O maior desejo de um iniciado (vitki) era casar-se “com sua Valquíria”, ou seja, alcançá-la consncientemente para poder aprender e ser introduzido nos mistérios por ela. Os vikings acreditavam que a visão das Valquírias cavalgando seus fogosos corcéis era um espetáculo impressionantes e inesquecível. Vestidas com armaduras e armadas de flechas, espadas e escudos, elas emergiam subitamente das nuvens, em meio aos relâmpagos e trovões provocados por seu galope. Apesar das qualidades guerreiras, elas também eram consideradas deusas da fertilidade, pois o oravalho que umedecia a terra se originava do suor de seus cavalos e a aurora boreal se formava do reflexo da luz em seus escudos.
As Valquírias foram exaustivamente descritas em diversos relatos épicos, poemas e histórias sobre heróis. Uma das Valquírias mais famosas, Brunhilde, foi a heroína da lenda do rei Sigurd. Em vez de cumprir a ordem de Odin e deixar que o rei morresse, ela lhe deu a vitória do combate. Enfurecido com sua desobediência (em especial por se tratar da filha preferida), Odin prendeu Brunhilde a uma muralha de fogo, onde ela ficou adormecida até que Sigurd, montado em seu cavalo mágico, atravessou as chamas e a acordou com um beijo. Outra Valquíria, Svava, a protetora do herói Helgi quando criança, encarnou como a princesa Sigrun e posteriormente se casou com Helgi, acompanhando-o quando ele morreu. Essa lenda descreve uma crença antiga que considerava as Valquírias espíritos guardiães de algumas famílias, permanecendo ligadas a certos heróis por toda a vida, recebendo sua alma após a morte e encarnando depois, na mesma família, para auxiliar e proteger os descendentes. Lendas anglo-saxônicas também relatam aparições de figuras femininas sobrenaturais do meio na neblina, que auxiliavam os guerreiros nos combates.
Às vezes, elas se revelam mulheres de extraordinária beleza, tornavam-se amantes dos guerreiros mais valentes e depois desapareciam. Uma versão mais recente descreve as Valquírias como espíritos femininos ferozes, auxiliares do deus da guerra, que se regozijavam com o derramamento de sangue, reciam teias com as caveiras e entranhas e, metamorfoseadas em abutres, se alimentavam dos cadáveres. Na Idade Média, os escritores românticos transformaram-nas em lindas princesas, que escoltavam os mortos para Valhala e brindavam com hidromel, servido em taças de chifre.
Elemento: ar, água.Animais totêmicos: cisne, corvo, gavião, cavalo alado.Cores: branco, prateado, furta-cor.Árvores: freixo, sorveira, teixo.Plantas: acônito, cólquito, centáurea.Metais: ferro, bronze.Pedras: labradorita, opala, safira.Data de celebração: 31/01, 16/02.Símbolos: armadura, escudo, elmo, corrente de metal, objetos de poder, escurdo fluídicos de proteção, aurora boeral, penas de cisne, corvo e gavião, múltiplos de três, talismãs rúnicos de proteção mágica. “A Cavalgada das Valquírias” (música da Wagner).Runas: algiz, as, calc, ziu.Rituais: de proteção em situações de perigo; conexão com seu “anjo da guarda”; para vender o medo de morte e auxiliar os espíritos na sua transição; para confeccionar e imantar escudos ou símbolos de proteção.Palavras-chave: proteção.
Texto : Mirela Faur "Mistérios Nórdicos"
Gratidão por divulgar esse belo esclarecimento que a Mestra Mirella Faur faz. <3
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